domingo, 28 de dezembro de 2008

UM PRÉMIO

Não se sabia quem ele era,só se sabia que viera de longe,muito longe. E viera como que trazido por um chamamento imperioso,a que não pudera resistir.
Era um homem muito rico e trouxera consigo uma grande parte da sua grande fortuna,em ouro,em prata,em pedras preciosas,cintilantes,coisas assim. Seria tudo isso para depositar,lá,no fim da longa jornada. Pelo menos,era o que constava,lá,de onde viera.
Mas como é que ele iria imaginar,à partida,que cruzaria com tanta desgraça,se lá, de onde viera,nem um pobrezinho se via? Era capaz de ter enchido mais os alforjes,pois foi muito grande a tristeza que o inundou quando deu com eles vazios.
E a tristeza que o tomara foi tamanha,que,para se livrar dela,adormeceu profundamente. O sonho lindo que ele teve. Nunca sonhara assim,apetecia,até,não acordar mais,depois de ter visto tanta desgraça.
Parecia ser o sonho lindo um prémio pelo que fizera. Depois,lá nesse lindo sonho,ouvia-se,repetidamente,o que ele nunca mais esquecera. Para a outra vez,tens de trazer mais,tens de trazer mais...

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