terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A FOME

Da mera observação das coisas do presente e do passado,e também de um outro antes não observado,dos acontecimentos,das crises,dos desencontros,dos encontrões mais ou menos calamitosos,de tudo,enfim,que sucedeu e vai sucedendo,fica-se com a impressão,com a certeza,talvez,de que este mundo é um muito desiquilibrado.
É claro que ,num mundo assim,não é de admirar que o que vigore,que a regra, é o salve-se quem puder. Num mundo assim,as disposições mais típicas,porque as mais vencedoras, são o egoísmo,o estar-se nas tintas para o outro,mesmo muito chegado,o cada um governar-se. É o panorama dos dias que correm,foi o panorama dos dias que já lá vão.
Daí,o pé de meia,o poupar,muitas vezes no essencial,o acumular quanto se possa,pois não se sabe que cara apresentará o amanhã. Não se deve estranhar, pois ,o multiplicar de milionários,de bilonários,e assim por diante,que só os trouxas é que se deixam ficar para trás. Ficam estes muito tristes,mas não se têm de queixar,pois podiam ter feito,ou pelo menos tentado,gestos para lá chegar.
Daí,também,as fortalezas do presente e do passado,simbolizado este pelos castelos. Quanto mais muralhados,quanto mais apetrechados disto e daquilo,mais resistiriam ao inimigo que viesse dali próximo,ou lá de longe,que os inimigos nunca se sabia quais e quantos eram. O que se sabia é que inimigos tê-los-iam à porta,em qualquer altura.
No caso da riqueza,inimigos não lhe falta,também,sendo o mais sério a fome.

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