domingo, 7 de dezembro de 2008

PODEM BRINCAR TODOS

Não interessa indicar o local. O que interessa é dizer que ele,ao entrar,deu dois ou três valentes pulos,dizendo,em alta voz,que,agora,com as novas obras,a mercadoria principal deixara de se ver. Teria ele,quando muito,uns quarenta anos. Depois,lá acalmou,mas repetindo as suas críticas.
Alguém,junto de quem se pusera,em tom calmo e baixo,fez coro com ele. O senhor tem razão,já
tinha reparado nisso. Ele,aparentemente,caiu em si,mas defendeu-se,de maneira calma também,dizendo que a livre expressão que,na altura vigorava, permitia que cada um dissesse de sua justiça. Com certeza,mas não indispondo o vizinho do lado. Certamente,concordou.
O outro ainda acrescentou que ele pudera manifestar-se porque vivia em democracia. E,lembrando-se da maneira como ele,de início,o fizera,macaqueando,acrescentou que, em ditadura,só um é que brinca,enquanto em democracia podem brincar todos. Ele esboçou um sorriso de compreensão.

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