terça-feira, 2 de dezembro de 2008

AREIAS MOVEDIÇAS

Oh senhor José dê aqui uma ajuda. O senhor José acudiu logo,estendendo o cabo da enxada. É que o outro estava em riscos de se sumir naquele chão arenoso,como que sugado. Entrara despreocupado na vinha,que por ali fora se espraiava,e de repente,ali vão as pernas por ali abaixo.
Como é que se iria pensar numa coisa daquelas,se a plantação tinha largos anos? Parecia estar-se em areias movediças. Talvez as chuvadas de dias atrás fossem a causa do que se passara. Uma surriba a grande profundidade,quando da instalação, também poderia ter colaborado. Não apareceu por ali quem o confirmasse.
Pouco tempo decorrido, houve repetição ,mas em local bem afastado do anterior. Tratava-se de terreno também ligeiro,alqueivado por ferro de abrir valas. Mais fundo não pudera ir porque estava lá a rocha a não deixar. Chuva de alagar também andara por ali. Não seria muito recomendável aquele sítio,mas não havia outro para o substituir. Nesta altura,foi o senhor Joaquim o salvador.
Não há duas sem três,como se costuma dizer. Assim,com areias movediças,não houve,mas não faltaram imitaçõe, demasiadas até. Ossos do ofício. Mas quem os não tem, se ofício tiver?

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