segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

OS INADAPTADOS

Olha,aqui também há pobres. Coitado dele,ali sentado no chão da rua,a arranhar um violino,com um boné bem aberto,ali ao lado,para as moedas,que lá iam caindo,talvez num ritmo de que não estava gostando.
E aquele, a empurrar um carrinho de mão,meio desconjuntado,a abarrotar de trastes velhos? Coitado dele,também,que devia lá estar ainda em casa,que a neve estava caindo.
Parece impossível. Mas isto não são vidros,nas janelas. Isto são cartões,e já a romperem-se. Coitados deles,o frio que lá deve fazer dentro. Pois é,dizes bem. O pior é o resto.
E ali,naquela esquina,estão a ver? Uma menina,coitadinha,aí de uns dez anos,se tanto,mal vestidinha,a vender flores,ela que também era uma flor,de bonita que era,apsar de tudo.
Todos eles tinham um nome que os envolvia a todos. Eram os inadaptados,um lindo nome.

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