domingo, 18 de janeiro de 2009

COLHEITA DE UM DIA - III

O que um simples pedido pode originar. Não se importa de cortar aqui estas folhas? Não,não me importo,até o faço de boa vontade. É que eu gosto de destruir,gosto de destruir. Não imagina.

Não parecia uma saída a propósito. Não se tratava,de facto,de uma destruição,longe disso,

mas,antes,uma mera eliminação,uma coisa sem importância. E tanto o que fez o pedido,como quem o satisfez,tinham disso a exacta noção.

Mas o calor,a ênfase,a repetição,a alegria,até,posta naquele manifesto gosto de destruir,impressionou. E aquelo gosto,assim tão veemente, parecia estar a pedir um esclarecimento. Que queria ela destruir,assim?

Era ela um jovem cheia de vida,uma força da natureza. Era uma jovem que pedia criação,e não destruição.

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