Estão lá num canto,muito sossegadinhos,sem articular palavra, sem emitir um som sequer,totalmente mudos,de olhos bem abertos,de ouvidos bem limpos,a observar apenas. Não perdem um termo que ele diga,uma frase que ele profira,à espera de um deslise.
Que diabo,ninguém é perfeito,e muito menos ele. Há que ter paciência,que a nossa hora há-de chegar,não me chame eu José,ou eu Maria. Era o que faltava perdermos aqui o nosso riquinho tempo,que tanto dinheiro é,para não colhermos nada.
E um dia,chega sempre um dia,o que é preciso é ter fé,muita fé,acontece o que há muito era apetecido. Ele cometeu um grave erro,um erro imperdoável,a necessitar a devida punição. Não interessa saber que erro é,basta nós dizermos que ele o fez. Um dia,tinha de dar bronca,e da grossa,e repetem,repetem até à exaustão.
E riem-se,e gozam,e espalham,chegam até a escrever,em grandes parangonas,que ele errou,espalhou-se,o que era de esperar,tratando-se de quem era. E naquela noite,e nas seguintes,dormem melhor,chegando mesmo a sonhar com ele a errar para sempre.
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
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