domingo, 27 de abril de 2008

IA À ERVILHA

Estava ele cheio de boas intenções,mas assim não foi entendido. O mestre tinha estado a indicar as vantagens da consociação fava-ervilha . Apresentara várias,mas podia ser que houvesse mais. Alguém sabe? E ele levantou-se logo,disposto a dar a sua humilde contribuição.
A sala ficou suspensa. Todos o conheciam bem. Que iria sair daquela privilegiada cabecinha?
Não podia ser só fava,estava-se mesmo a ver. O que é que ele ou um outro qualquer havia de responder,se quisessem saber onde é que ia,tendo apenas fava lá na horta? Estando as duas,já não tinha de dizer que ia à fava. Ia à ervilha.
Ainda ele não chegara ao fim,já lhe tinha sido apontada a porta de saída. Ele tivera de intervir,ainda que estivesse ciente do risco que corria. Se o não fizesse,ficaria doente. Não podia perder uma oportunidade daquelas,para mais uma das suas.

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