Que sina esta. Tal patrão,tal servo. Que lições tão bem aprendidas. Não se lucrava nada com a troca,pois aquilo não passava do tira-te tu daí para eu ir para lá.
Parece,às vezes,que não seria assim,mas deixa-se passar um tempo,conversa-se mais um bocado,e pronto,lá está o que não se esperava ver.
As invejas que se escondem nas entrelinhas. Sim,porque abertamente não se mostram. Faz tudo parte do jogo. Se querem saber como é a realidade,não os larguem,ponham-se à escuta,que,por vezes,dá-lhes para falarem alto,julgando que ninguém está a ouvi-los. Uma coisa parecida com o "in vino veritas".
Ai se eu tivesse isto e aquilo,o que eu faria. Não mais trabalhar,preocupar-me com o dia de amanhã. O patrão é que está bem. Não lhe custa a ganhar,tem tudo quanto quer. Assim é que eu gostava.
Se isto um dia der uma volta,quero ser o primeiro a chegar ao pé dele,para lhe dizer umas coisas. Já gozou,calha-me agora a vez. E se outros se lembrarem de fazer o mesmo? São capazes de me tirar da teta e acontecer-me como aos bacorinhos que,por serem fracos,não conseguem mamar
como deve ser,acabando por morrer.
O que hei-de fazer,para ser só para mim? O melhor é consultar um mago,daqueles que fazem
coisas esquisitas,como aparecerem e desaparecerem pessoas como por encanto. E é assim que eu quero. Estar lá a mamar,mas sem me conseguirem ver. É claro que também me podia transformar num espírito,mas isso não tinha graça nenhuma. O que é preciso é a gente continuar vivinhos,como éramos,mas sentados numa mesa que se veja.
Não lhe saía isto da cabeça. Tal era a cegueira,que não via que assim não podia ser. É que voltava tudo ao mesmo,como tinha sido antes. Era mesmo de um mago dar uma ajudazinha.
terça-feira, 7 de outubro de 2008
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