quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O AR OS TRAZIA

Os frutos de muitas árvores da densa alameda atapetavam intempestivamente o chão. Grave doença passara por ali. Como se isso não bastasse,a sombra gélida de uma imponente mole senhorial dominava,esmagava,toda a quadra. Um tanto mais além,por um estranho vale,circulava grossa frialdade. Era de fugir dali,que os males pegavam-se.
Os anos foram passando,mas os ecos daquelas tristes lembranças é que não passaram,perduraram. Pairavam no ar,ou o ar os trazia,teimosamente. Eram como poeiras maléficas,que, longe de se biodegradarem,se insinuam nos buracos mais escondidos ou nas alturas mais distantes, permanecendo tempos sem fim. Eram,também,como residuos tóxicos condenados a perpetuarem-se.

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