quinta-feira, 2 de outubro de 2008

UM BOM PEDÚNCULO

A pujança daquele tufo de folhas muito largas e de pedúnculos a condizer,mesmo ali à beira de água. A vida que elas levavam. Mas tudo tem um fim. E o fim chegou quando se lembraram de lhes arranjar um vizinho muito incerto,um repuxo disposto a fazer das suas.
Tinha este vizinho um aliado de peso e que era a brisa,também muito incerta. Talvez fossem da mesma familia,quem sabe. O certo é que as folhas passaram a ter uma vida muito agitada.
E era o que estava sucedendo naquela manhã,por via de uma brisa menos amena e vária. A folha mais castigada não se fartava de carpir. E com razão. O que valia era o pedúnculo,que aguentava,ainda que pouco firme. Bem se fartava a pobre folha de se lastimar. As outras ouviam-na,mas nada podiam fazer. Ela que tivesse paciência,que fora o que as animara quando lhes calhara a vez.
É assim,a vida,destas e doutras folhas,e não só,um só muito composto. Paciência é que é preciso,que outro remédio não há,porque de agitações não se podem as folhas livrar,e não só,um só muito composto. É assim a vida. E quem puder aranjar um bom pedúnculo, melhor resistirá,como acontecia com aquelas folhas. Só um vendaval as quebraria.

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