sábado, 6 de março de 2010

MANHAS

Era um lobo mau que se cobria de ridículo,fugindo,no final,com o rabo a arder. Assim todos os "porquinhos" simplórios soubessem livrar-se de todos os "lobos maus",ainda que não chegassem a tanto. Bastava que os afugentassem antes de eles fazerem algumas das suas. Ele bem se esforçara,escondendo-se sob disfarces vários,mas os porquinhos eram sabidos e não foram na sua conversa. A mãe tinha-os ensinado a livrarem-se das muitas ciladas que ele lhes podia armar. Porquinho avisado vale por dois ou mais. Os meninos que lá se encontravam a ver tudo isto estariam ainda longe de entender as mascaradas de todos os dias,mas talvez tivessem aprendido alguma coisa muito importante. Pelo menos,que os "lobos maus"procuram disfarçar-se, para mais facilmente apanharem quem lhes está apetecendo. E isso talvez os levasse a precaverem-se. Olha,este senhor parece um"lobo mau". Anda,com certeza,a preparar alguma maroteira. Aquela cara,aquelas palavras não enganam. Não estão a ver aquele olhar a destilar cobiça? A concorrência é grande,pelo que arriscam muito,destapando-se demasiado. E insistem,na esperança de topar com algum "porquinho",órfão muito cedo,que não esteja,por isso,ciente das manhas que por aí vão.

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