sexta-feira, 26 de março de 2010
MAIS UM IMPOSTO
Uma onda de revolta lambia,no seu vaivém,o pacato bairro. É que a autoridade decidira instalar parquímetros. Andavam os ânimos exaltados,prontos a irem às do cabo. Uma comissão solicitara várias reuniões,para acautelar os justos e sagrados interesses dos residentes. Iriam ponderar,foi-lhes prometido sempre. Mas duvidavam e isso trazia toda a gente intranquila. Mais um imposto,não. Numa tentativa desesperada,inundam de listas com assinaturas,devidamente reconhecidas,a secretária de quem de direito. Um forasteiro quis saber do motivo de tanta preocupação. É que ficara muito assustado com o ar de guerra que ia por ali. Aquilo podia degenerar numa revolução. Alguém,que não vivia nada mal,de cabeça perdida,esclareceu-o. Querem obrigar os residentes a pagarem quinze euros. Por mês? Não,por ano. E olhou para o forasteiro com ar desconfiado. Já viu maior desaforo? Uma quantia destas. Os tempos iam difíceis e a autoridade cedeu. Ficou por metade. A paz regressou.
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