segunda-feira, 15 de março de 2010
LAVADOS ARES
Terá sortilégio aquela terra. É uma sedutora. Donde lhe virá tal magia,tal encanto? Talvez do celeiro que em tempos foi,talvez das planuras amplas,que de searas se cobriam,promessas de muito pão. Simulavam um oceano,de superfície nem sempre chã. Apetece ir por lá,quando por cá se entedia. E navegar naquelas águas,aportando aqui e ali,enchendo-se, mais demoradamente,daqueles lavados ares. Abrir as janelas e deixá-los entrar à vontade. Em redor,o verde ou o amarelo,o branco ou o azul,apaziguadores. E à noite,repousar em camas com florinhas,das muitas que por lá há,ouvindo o cantar das cigarras ou o silêncio da chuva a cair. E ali ficar.
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