quarta-feira, 10 de março de 2010

GROSSAS PARTIDAS

Um friso de gaivotas guarnecia o bordo do grande tanque. Um tanto estáticas,parecia estarem em parada,guardando entre si distâncias muito iguais. Um velho, que por ali frequentemente circulava,estranhou um tal aparato. Nunca vira colar assim. Quereria isto significar algum próximo acontecimento, pelo qual muitos estavam suspirando? Talvez a tão desejada e muito necessária chuva andasse rondando. Não se diz às vezes que gaivotas em terra é sinal de eminente borrasca? Procurou um aliado,ou seja, alguém que se tivesse alegrado à vista de tal perspectiva. Ali perto,estava quem devia saber dessas coisas do tempo,nada mais nada menos do que um jardineiro chefe,homem muito experimentado. Pois não senhor,não é nada do que está imaginando. Encontram-se ali por outra razão. E esclareceu. Dois dias depois,a chuva caiu,que Deus a mandava. As gaivotas mais uma vez tinham acertado. O experimentado jardineiro é que não confiava nelas e delas nada queria receber. Grossas partidas lhe teriam pregado.

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