quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O ESPAÇO E O LUGAR

O homem afadigava-se,mas mais nos fins de semana. Não se tratava só dos clientes,alguns muito exigentes,mas sobretudo dos empregados. Estes não eram de fiar,pelo que necessitava de ter muitos braços e muitos olhos para ter o serviço despachado como ele queria. Ia ficando velho. Já lhe escasseavam as energias para toda aquela azáfama. Depois,a paciência esgotara-se. Sempre a aturar caras novas,pois os aprendizes não se mostravam interessados em aprender. O que queriam era paródia. Ou os tinha de dispensar ou eles se encarregavam disso. E o homem começou a empreender. Isto assim não me convém. Qualquer dia fico-me para aqui. Pode ser que alguém se interesse pelo negócio,ou pelo espaço,que é meu,e me recompense com uma renda de jeito. O negóco não interessou,mas sim o espaço e o lugar,um lugar estratégico,que estavam mesmo bem um para o outro. E agora é vê-lo a rondar por ali,a admirar aquele volumoso caudal de gente,de dia e de noite,claro sinal de que tem garantida uma boa reforma.

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