quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
O CUMPRIMENTO
Eatava ali, na esplanada ,uma figura pública de há uns anos. Não mudara muito. O que mais se notava eram as bengalas a que se tinha de apoiar . Coisas da vida,a que nenhum se pode eximir. Um senhor,de bengalas ,também,sentado quase à sua beira,facilmente o descobriu. Pudera,pois só por uma forte razão teria falhado o seu programa semanal de largos anos. E agora,tinha-o mesmo ali,bem pertinho de si. Parecer-lhe-ia estar a sonhar. Mas não,era verdade. A vontade que eu tenho de o cumprimentar,disse ele à filha. Era uma grande alegria que me davas,se isso conseguisses. E a filha,sem regateios,a isso se dispôs. E foi bonito ver o fiel ouvinte,muito comovido,estar agora ali junto daquela figura pública,muito do seu agrado,que,gostosamente,lhe estava a receber o cumprimeto. O que diriam lá na terra quando isto soubessem? Haveria ele de muito crescer em consideração.
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