domingo, 21 de fevereiro de 2010

COMO OS OUTROS

Era uma rampa íngreme,quase a pique. O pobre do homem tinha de a trepar,pelo menos,duas vezes por dia. No topo,estava o seu ganha-pão,na base,a sua casita. Chegava derreado,ofegante. Uma dor de alma,vê-lo. Ainda um dia,ficaria ali,tombado no asfalto. Alguém tinha de intervir. Ele precisava de se reformar,para se ver livre daquele calvário. Uma comissão é ouvida pelo chefe. Iria tratar do caso. Os dias passaram e novas não vieram. A comissão insistiu. Compreendia muito bem o interesse,o empenho,a generosidade,a impaciência. Também já fora jovem. Mas haviam de aprender,com a experiência,que as coisas não eram assim tão fáceis de resolver. Levavam o seu tempo. Mas o caso não estava esquecido. Finalmente,veio a definitiva resposta. O homem tinha de esperar,como os outros.

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