quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
O SEU BALÃO
Era aí uma dezena de meninos e de meninas,todos muito pequeninos. A vigilante trazia balões para distribuir. Cada um teria o seu,mas, para isso,tinha de o apanhar. É claro que todos queriam ser os primeiros a serem contemplados.Os balões foram lançados um a um. Pairavam uns momentos,depois desciam sem destino marcado. Iam calhando aos que estavam em melhor posição,aos que eram mais altos,aos que esticavam mais os bracitos.Está-se mesmo a ver a tristeza dos que iam ficando para o fim. A sorte, ou lá o que era,parecia não querer nada com eles,mas acabariam todos por ter o seu balão. Foi só esperarem pela sua vez. E a tristeza desapareceu.Não será assim que, no futuro, outros balões se comportarão. Nesses casos,muitos ou poucos,sabe-se lá,não haverá balões para eles,não chegará a sua vez,mesmo que se tenham enchido de toda a paciência do mundo. A tristeza,nesses casos,terá vindo para ficar. E a tristeza será,afinal,o seu balão.
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