quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

A FOGO

Aquelas marcas não mais seriam olvidadas,referências de um trajecto que tantas vezes se fizera de forma lúdica. E era a vala que sangrava a lezíria,e era a casa da guarda, onde estavam assinalados níveis de cheias,e era o mar de vinhas,para onde quer que a vista se estendesse,e era o túnel de ramalhudas amoreiras,e eram os resguardos na ponte,abrigos em caso de intempestiva passagem de toiros,e era o mítico Tejo,e era a fonte de salobra água,que não se enjeitava,e era o carreiro,talvez do tempo dos mouros,que circundava o morro. Foram marcas como que gravadas a fogo.

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