quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

NÃO SOU TOLA

Aquela jovem que ia ali andava a fazer concorrência desleal aos bancos. É que emprestava dinheiro sem dinheiro cobrar. Tinham sido desta vez cinquenta contos. Ainda se não acostumara ao euro. Estás a ver?,desafava ela com uma amiga. Cinquenta contos é obra,não achas? E para quê? Já deves ter adivinhado. Para o desgraçado ir até ao Algarve. Já os terá esbanjado,para me telefonar a pedir mais. Mas eu não caio nessa. Uma vez chega. Não concordas? A outra ouvia apenas. Ela é que não se calava. Quer mais o menino. Já viram isto? Mas noutra é que eu não caio. Não sou tola. Ele que tenha juízo,que daqui não leva mais. Mas isto cheirava a bravata. Não iria resistir,coitada. E o desgraçado iria ter novamente a carteira composta.

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