quarta-feira, 29 de julho de 2009

UMA PRISÃO

Gaiolas,grandes ou pequemas,para passarinhos e quejandos,enchiam a ampla montra e as prateleiras. Gente parava,deleitando-se com a variedade do exposto. Gente que parecia prezar,acima de tudo,a sua liberdade,sem se importar com a clausura que aquilo significava,sem pensar,talvez, que não passava também de gente aprisionada,e ,como tal,estivesse a ser vista por outra gente lá dos infinitos espaços,que,por sua vez,sabendo,ou não,imitava todos os demais. Era,afinal,tudo uma prisão.

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