quarta-feira, 15 de julho de 2009

PERPÉTUO MOVIMENTO

Aquilo era um frenesim. Sempre que aparecia, era com um ar açodado,de quem não tinha um minuto a perder,tanto mais com ninharias,coisas sem importância,lá do outro,era o que faltava,pois tinha mais que fazer,coisas de grande urgência,enfim,coisas lá dele,só dele.
A casa onde morava era dele,um casarão,de vários andares,e ele ocupava dois,um para a família,e outro só para ele,para as suas obras. Não se sabia o que ele por lá fazia. O que se sabia era que, em tempos muito recuados,não havia aparelho a precisar de concerto que se lhe levasse que não saísse das suas mãos como novo.
Naquela altura,não se lhe levando aparelhos doentes,ele,para se enteter,iria desarranjando os aparelhos que lá tinha,para os arranjar de seguida,num perpétuo movimento.

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