quinta-feira, 16 de julho de 2009

AR CONDICIONADO

Ele ia a passar e o que viu impressionou-o muito. É que era mesmo um caso para isso. Já tinha dado conta de ruídos vários vindos lá da caixa do elevador,mas não lhes ligara por aí além. Eram os operários que andavam lá no seu serviço de reparação.
E qual não foi o seu espanto,a sua compaixão,quando viu um deles,um homem aí dos seus sessenta anos,enfiado naquele buraco,mal sentado,todo enfarruscado,lá no seu trabalho. Andava naquilo já há dias.
E sem querer,lembrou-se de outras ocupações,talvez,até,mais bem remuneradas,muito mais
consideradas,em que entrava uma secretária,uma boa cadeira,ar condicionado,e outras coisas a condizer. Era assim,fora sempre assim,não havia nada a fazer.

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