quarta-feira, 29 de julho de 2009

GAIVOTAS ZANGADAS

Parecia que não iria ver nada de importante,ali sentado naquele banco à sombra,uma sombra que lá se ia mantendo unida apsar do tempo estar a avançar a olhos vistos.
Para já,as verdes folhas dos rebentos que ele vira nascer não paravam de alargar,pondo a um canto as que compunham a árvore. Aonde quereriam elas chegar,a quem quereriam imitar? Ah,esta mania de grandezas que até em
folhas mostrava residir.
Depois,um friso de pombos voltara a guarnecer o alto candeeiro. Um tanto afastado,um andaime perdera a cobertura de rede,revelando uma larga parede
pintada de amarelo novo. Pena era que não tivessem escolhido o verde. Um trabalhador que estivera a recompor-se das fadigas em banco irmão,incluindo
sombra,lá se levantara,parecendo que a muito custo,para voltar à sujeição. Carros
recolhiam,ou iam à sua vida,num eterno movimento. No empedrado,as formigas andavam na sua faina,repetindo os mesmos gestos de sempre.
A coroar,lá no alto,duas gaivotas perseguiam-se,com modos de estarem muito zangadas,talvez por não se estarem a entender muito bem.

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