segunda-feira, 13 de julho de 2009

COISAS LIGEIRAS

Eram coisas que se diziam,que apareciam em jornais,em letra gorda,não se sabia bem para quê,se só para os venderem,se para mais alguma coisa. E essas coisas pareciam ser ridículas,e essas coisas tinham cara de serem marginais,quer dizer,mem aqueciam,nem arrefeciam,pelo menos parecia.
E essas coisas eram,depois,lidas,tinha de ser,senão não se compravam os jornais. E, depois ainda,essas coisas eram repetidas,em conversas várias,lá em casa,à mesa,nas mesas dos cafés,
nos empregos,nas ruas,por toda a parte. Os ares ficavam saturados com essas coisas ligeiras,ridículas,impróprias,parecia,para serem respiradas por gente que gostaria de fazer coisas com jeito.
Seria isso que se pretendia,seria isso que se desejava? Ora bolas para essas coisas ridículas,
ligeiras,que apareciam em jornais,coisas desmoralizadoras,coisas desmotivadoras,coisas sem jeito nenhum,coisas que não serviam a ninguém,nem mesmo,era de se dizer,a quem as lá punha,essas coisas ridículas,ligeiras.

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