terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

ÁUREOS TEMPOS

O senhor Manuel deixara de trabalhar lá na sua arte de pintar interiores de casas,em que era mestre. É que os anos não perdoam. Mas quando trabalhava,aquilo era uma azáfama quase toda a roda do ano,que enquanto se pode é que é dar-lhe. Quase não tirava um dia de descanso. Férias,também não sabia que bicho era. Eram empreitadas a seguir a outras,às vezes,duas ou mais,em simultâneo,saltando de uma para outra,se,acaso,estivessem perto.
Hoje,não parece o mesmo. O corpo dera em fraquejar,enchendo-se de mazelas,que as frentes são várias. Só lhe dá para procurar o seu centro de operações,de onde ele partia para a sua saga. Não o larga. A ele volta vezes sem conta,não se sabendo para fazer o quê.
Virá matar saudades. Recordará os aúreos tempos ,é capaz de lá bater longas sonecas,sonhando,
talvez,com novos empreendimentos,que um homem pode remoçar,quem sabe?

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