sexta-feira, 2 de julho de 2010

A COMIDINHA

O que por ali havia ,de confortar olhos e alma. Parque frondoso,recantos misteriosos,a portentosa catedral,igrejas várias,ruas de remota traça,largos,onde, à noite,o silêncio falava. Não fora para isso que ele pusera as já cansadas pernas ao caminho. Seria muito melhor ter ficado lá em casa,a ver televisão,sobretudo,os jogos de futebol,e,claro,as telenovelas dos seus encantos. Queria ele lá saber de coisas que não entravam nas conversas com os amigos. E,além disso,coisas velhas,a cheirar a mofo.
O que o movera,o que o fazia andar alvoroçado,logo que chegara,quase não sabendo para onde se voltar,fora, simplesmente,a comidinha. Mas o trabalhão que aquilo lhe dava,ainda que o não sentisse,pois fazia-o por gosto. É que ele não abancava em qualquer mesa. Só depois de uma aturada investigação é que se decidia.
E assim permaneceu,nunca se deixando levar por algumas lembranças. Os outros que se divertissem lá à sua maneira,e que lhes fizesse bom proveito.

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