Acreditaria numa outra vida,certamente,o faraó. Um dia,havia de ressuscitar. E logo ali,à sua muito poderosa mão,queria ele ter todas as coisas que lhe embelezaram a sua rica vida.
Para além de jóias,muitas jóias,ou outras coisas de igual valor,de todas as cores e feitios,um barco devia estar pronto para ele,imediatamente,poder passear no seu saudoso Nilo.
E para um barco do faraó,só uma gigantesca pirâmide servia. Não era isso dificuldade que o faraó não resolvesse. Os escravos que necessários fossem,bem depressa ele os arranjaria,dentro ou fora de portas. De resto,para o faraó,não havia porta a que ele não chamasse sua. E se , acaso,encontrasse uma cerrada,o que não era de admitir,um simples safanão dos seus chegaria para a porta ficar escancarada. Algumas,até,se abririam por si,à simples lembrança de que o faraó viria aí.
Como não haveria de querer voltar o faraó? Tinha sido a sua vida,uma vida cheia de prazeres,uma vida de invejar. Só se ele fosse parvo,e parvo é que ele não deveria ser. Fosse ele um dos seus muitos escravos,nessa é que ele não cairia. Livra,pensaria ele. Para sofrer o que eu sofri,basta uma vez.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
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