sexta-feira, 23 de julho de 2010

DE SUA LAVRA

Eram quatro a opinar. Três,lá disseram de sua justiça,com simplicidade,como a dar a sua humilde contribuição para uma obra que se afigurava de alta complexidade. Chegou a vez de se ouvir o outro,que se guardara para o fim.
Podia ter feito o ponto da situação,à maneira de um professor,que talvez fosse ou desejasse ser,e acrescentar mais alguma coisa de sua ciência. Mas não. Tudo quanto escutara soara-lle a velho. O cerne da questão não tinha sido beliscado,nem de longe,nem de perto. Era isso mais uma confirmaçãode que só ele via claro,de que só dele viria a resposta certa.
Outro iluminado. Estaria convencido de que tinha uma missão a cumprir e de que a sua mensagem era única,inteiramente de sua lavra.

Sem comentários: