quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
O FOGO AS LEVARA
Seria um exagero,mas alguém diria que aquilo não passava de um manto de rocha. Ela dominava,é certo,mas nos exíguos intervalos lá estava alguma terra onde oliveiras medravam. E era isso que lhe importava. Fora ali que ele nascera e foram essas oliveiras que lhe permitiram arranjar uma enxada. Por isso lhes queria muito. Haveria de as acrescentar ,em sua homenagem. E foi o que fez ,toda uma longa e esforçada vida. Olhava para elas enternecido,esquecido de tudo. Delas e para elas vivera. Mas o destino é bastas vezes cruel. E um dia,a tragédia deu-se. O fogo,um fogo maldito,passou por lá,não se apiedando,e só deixou cinzas. Não queria acreditar. As suas amadas oliveiras já lá não estavam,que ele bem via. O maldito fogo as levara.Tudo perdido,o que herdara e o que adquirira com tanta teimosia. Estava velho,incapaz de recomeçar. Era tempo,pois,de também abalar,fazendo companhia às suas almas. E foi o que aconteceu,quase na volta do correio,não fossem elas mais uma vez morrer,agora de saudades de quem tanto as amara em vida.
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