sexta-feira, 2 de abril de 2010

CANETA DE TINTA VERDE

Aparentava uns quarenta anos e na boca faltavam-lhe alguns dentes da frente. Os olhos eram de criança. Estaria numa grande ansiedade,pois, mal alguém lhe apareceu ,não se conteve. Escreva aqui nesta agenda o que lhe vou dizer. Tinha já uma caneta preparada. A tinta era de um verde claro,muito brilhante. Tratava-se do nome de um médico e da sua morada,da qual não estava muito certo,mas parecia isto ser-lhe indiferente. Não sabia escrever. Não calhara. Mas olhe que ainda vai a tempo. E,depois,tem aqui uma bonita caneta. Via-se que gostava muito daquele brinquedo. Fora uma prenda da mãe,pelos seus anos. E tendo ouvido gabá-la,deixara-o muito satisfeito. Não sabia escrever,mas sabia ler. E quando o disse,quereria que se soubesse que ele não era para ali um qualquer. Pois não era.

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