Alí à volta,por aquelas muitas redondezas,era voz corrente que era ele,de longe, o mais esmoler. Era muito amigo dos pobrezinhos. Não podia ver um,que não abrisse logo a sua bolsa recheada,de moedas e de notas.
Claro é que não podiam ser as esmolas uma coisa por aí além,pois muitos eram os pobrezinhos naquela época de grande penúria. Parecia aquilo um viveiro,coisa nunca vista. E porque assim era, todos os pobrezinhos compreeendiam que ele fazia o que podia,a mais não era obrigado,de resto,e muito fazia ele,pelo que lhe ficavam muito agradecidos. Ainda bem que ele gostava assim tanto deles,não se importando com a sua presença,quando se sabia que não era assim o que por ali vigorava,pois outros que podiam repartir nem ao pé os queriam ver,vá-se lá saber porquê.
Constava ainda que nem dormia descansado,não se fosse esquecer deles,o que não mais perdoaria a si mesmo. Sim,porque alguém tinha de os ter sempre presentes na sua cabeça para os poder ajudar. Era fraca a ajuda,ele sabia,mas não podia ser maior,pois, dessa maneira,arriscava-se,mais tarde ou mais cedo,também a mendigar,e isso é que não,o que seria um grande prejuízo para os pobrezinhos.
terça-feira, 2 de junho de 2009
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