quinta-feira, 25 de junho de 2009

DE IGUAL PARA IGUAL

Já não aparecia por ali há muito tempo,e ele lá saberia porquê. Parecia era estar mais novo. O boné que,naquela altura, usava condizia com o seu aparente remoçamento, Alguma coisa de bom lhe teria acontecido.
Andaria ainda na sua vida,talvez de anos,uma vida de andarilho. Teria lá as suas casas certas,espalhadas por vários bairros,casas que lhe seriam mais ou menos fiéis. E assim,lá se iria governando,umas vezes melhor,outras pior,como, de resto,sucedia com todos,incluindo lá os das casas das portas a que ,pendularmente,batia,de acordo com um programa rigoroso.
Deixara de frequentar aquela rua,mas,naquele dia,lá se dispôs a percorrê-la de novo,mas só para passar por ela. E,naquele encontro,fizera um comprimento de conhecido de longa data,um comprimento amistoso,nada servil,como se a sua vida tivesse levado uma grande volta,uma volta para melhor,muito melhor.
Fora um comprimento assim como de igual para igual,como,alás,sempre tinha sido,só que, naquela altura, de uma maneira efectiva,a indicar que já não bateria à porta.

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