quinta-feira, 27 de agosto de 2009

UMA SOPINHA

Estavam ali umas boas sombras,e ele sentara-se num dos bancos,ocupando-o quase todo. Teria mais de setenta,e o ar era de muito cansaço. A bengala a que se apoiava estava no chão.
Então, ainda andas por cá?,e mais não disse,que estaria com pressa. Que rico amigo você tem. Sim,conheço-o daí. Não é daqui,pois não? Não,vim de longe,mas abalei de lá há quase trinta anos.
Tirou o boné,e alisou o cabelo. Estaria a compor-se,que se estava a aproximar a hora de ir comer uma sopinha,uma sopinha dos pobres.

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