terça-feira, 25 de agosto de 2009

NÃO ERA NADA

Depois,havia uns pândegos,muito patriotas,daqueles que a pátria tratou muito bem,por serem,certamente,muito bons,irrepreensíveis,uns espelhos, onde todos se deviam mirar,que acabavam por se fazerem donos dela,com todas as benesses,e mais uns trocos.

Era assim tal como na pátria sagrada lá do soldadinho,daquele que tinha de abandonar os velhinhos pais para a ir servir lá longe,da pátria que ele tinha de amar acima de tudo,que era assim que lhe tinham ensinado,embora ele nunca a tivesse visto,mas,enfim,devia existir,caso contrário,não lhe haviam dito que existia,e que era a coisa mais importante para ele,porque, sem pátria,ele não era nada.
Tudo desculpavam aos patriotas lá das pátrias,desde que fosse para maior glória delas,mesmo as piores maroteiras,tendo-as feito certos de que era para seu bem,para o bem de todos lá delas. Mas não desculpavam as maroteiras que os patriotas doutras pátrias fizessem às deles.

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