domingo, 17 de maio de 2009

SOPA DOS POBRES

Tinha sessenta anos. Podia ter dito menos,pois não aparentava tanto. Um telemóvel,dos modernos,entretivera-o por largos minutos.
Sabe,estava aqui com algumas dúvidas,mas agora parece que já sei. Sim,é isso. A rua que procurava fica lá mais para diante. Pois claro,mas,às vezes,a gente confunde.
A barba estava feita,o ar era tranquilo,o fato,completo,talvez já de há uns anos,ainda apresentável.
Não acredite no que ele diz. Este também gasta dali. Sabe,sou pobre. Ele,segundo consta,já teve também vida boa,como eu,que cheguei a ter nove lojas.
Tenho estado aqui a fazer horas. Era Domingo,e ali,a poucos metros,esperava-o uma sopa dos pobres.

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