quarta-feira, 20 de maio de 2009

DE UMA QUALQUER

O que ele estava contando dava vontade de rir,ou melhor,de sorrir,um riso leve,um riso amarelo,que aquilo não tinha mesmo graça nenhuma. Em boa verdade,aquilo deveria dar era vontade de chorar,mesmo que lágrimas se não derramassem.
Ele ali a dizer que era pobre,que dali a pouco iria comer uma sopinha,uma sopinha de caridade,e acrescentar que fazia versos,versos de fado,que ele cantaria,algures por aí.
Não acredita? Pois é verdade,e mostrou uns papelinhos,onde se podiam ler os que acabara de fazer,ali naquele banco,à espera de chegar o tempo para a sopinha.
Não gosta de poesia? É conforme. Pronto,já sei que não gosta. Pois eu gosto,de uma qualquer.

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