segunda-feira, 16 de agosto de 2010

DE MOLHO

Lembravam palafitas as casas de madeira dos pescadores da beira-rio. Os desvãos serviam de armazéns dos apetrechos da faina e de galinheiro. Em anos de cheia alta,a água punha tudo aquilo de molho. De fronte,ficavam os ancoradouros dos barcos,a remos, e também a vara,para travessias de pouco calado.
Tinham bancas no mercado,em lugar à parte. Nada de misturas com o peixe do alto. Lá figuravam,consoante a época,o barbo,a enguia,o sável. Pena era que a maioria tivesse tanta espinha.

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