Já agora,continuemos a supor. Suponhamos,então,dois estados da criação,que toda a gente,até uma criança,acharia serem muito diferentes. Um,muito triste,um vale de lágrimas. O outro,ao contrário,um muito alegre,bem disposto,só sorrisos.
O de beiço caído seria assim. De negro vestido,muito tapado,até a cara,a maior parte do tempo recolhido em casa,olheirento,dos jejuns,dos sacrifícios,das ralações. E aqui nas ralações,havia uma pausa para as apresentar. E eram as doenças,e era o não ter dinheiro para levar uma vida decente,e era o desemprego por anos a fio,e eram as dívidas sempre a crescer,e eram os silícios para amachucar corpo e alma,e eram as escaramuças por dá cá aquela palha,e eram as invejas por aquele ter mais do que eu, e eram menos invejas por o outro saber mais umas coisas,enfim,porque há que terminar,que a paciência esgotou-se,não porque não houvese mais,mas porque a paciência tem um limite,por falta dela,por se esgotar.
O outro,o outro estado,há que lembrá-lo,pois já podia haver esquecimento do que se estava para aqui a falar,o da alegria,o dos olhos brilhantes,por nem a lembrança de uma lagrimazinha sequer ocorrer. E ese estado seria como se vai mostrar.
De cores garridas enfarpelado,por não se fabricarem outras e já não haver em armazém as do vale de lágrimas. Deve,de vez em quando ser lembrado este,não se vá esquecê-lo,por causa das comparações,para não haver confusões. Além das cores,havia muito mais marcas,que o distinguiam do outro,o do vale de lágrimas,que, o mais depressa possível,deve ser mandado passear,que não é cá preciso para nada. Para lágrimas,bastam as do passado,bastam as dos meninos pequeninos,que,até,já se olvidaram. E que marcas seriam? É necessário mesmo pô-las a desfilar? Parece que não. Era um estado ao invés do outro,que DEUS,ou o BIG BANG, não deve querer. Não foi para isso que ELE fez o mundo. Cabe lá na cabeça de alguém,no seu perfeito juízo,que DEUS,ou o BIG BANG, tivesse ido lá ao Nada,para se ver aquilo que se está vendo,e que é,com umas ligeiras diferenças,tal como o que já foi visto nesse passado de má memória,de pôr os cabelos em pé,mesmo a um careca? Não cabe,e se cabe,não deve perder um segundo sequer para bater à porta do médico. DEUS,OU O BIG BANG, queira que ele lá esteja,porque,então,era caso arrumado.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
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