quinta-feira, 30 de abril de 2009
quarta-feira, 29 de abril de 2009
PORTA DE VIDRO
Era o que se imaginara. Aquelas salas não estavam completamente sem serventia,como alguém que por lá passasse poderia supor,tal o abandono a que tinham sido votadas,logo à nascença. Tinham sido destinadas a altos voos,mas há os imprevistos,ou lá o que é,e para ali ficaram.
Ele viera lá do fundo do parque,àquela hora quase só,atravessara-o,como que absorto,e a essas salas despidas,um tanto vandalizadas,se dirigiu. Subiu umas escadas e entrou nos seus aposentos,empurrando a porta de vidro,ainda intacta. Por lá se demorou uns istantes. Saído de lá,regressou pelo mesmo caminho,como que absorto,sumindo-se ao fundo do parque.O que teria ido lá fazer ao seu palácio?
Ele viera lá do fundo do parque,àquela hora quase só,atravessara-o,como que absorto,e a essas salas despidas,um tanto vandalizadas,se dirigiu. Subiu umas escadas e entrou nos seus aposentos,empurrando a porta de vidro,ainda intacta. Por lá se demorou uns istantes. Saído de lá,regressou pelo mesmo caminho,como que absorto,sumindo-se ao fundo do parque.O que teria ido lá fazer ao seu palácio?
terça-feira, 28 de abril de 2009
EÇA DE QUEIRÓS E O BRASIL
"Mas no dia ditoso em que o Brasil, por um esforço heróico, se decidir a ser brasileiro, a ser do Novo Mundo - haverá no mundo uma grande nação. Os homens têm inteligência; as mulheres têm beleza - e ambos a mais bela, a melhor das qualidades: a bondade. Ora uma nação que tem a bondade, a inteligência, a beleza (e café, nessas proporções sublimes) pode contar com um soberbo futuro histórico, desde que se convença que mais vale ser um lavrador original, do que um doutor mal traduzido do francês."
Excerto de http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=1204
Excerto de http://www.apagina.pt/arquivo/Artigo.asp?ID=1204
PALMINHAS DE FAVOR
Eram três os ranchos folclóricos e estava uma multidão a vê-los nas suas actuações,pois era dia de festa rija,dia de procissão,de quilómetros,que o povo fazia parte do cortejo,encerrando-o,como mandava a tradição.
Dos três ranchos,dois eram da casa,por assim dizer,o outro,viera de longe,de muito longe. Como foram diferentes,para certos olhos,as actuações. Os da casa,pareciam agrupamentos de bonecos
de trapos,de gestos às três pancadas. Os de fora, mostraram contenção,disciplina,compostura,
rigor,como de uma só peça.
Pois foram os da casa os mais aplaudidos,com direito,até,a repetições. Os de longe,de muito longe,apenas mereceram umas palminhas fugidias,regateadas,de favor. Gostos não se discutem,como é uso dizer-se,mas,às vezes,apetece.
Dos três ranchos,dois eram da casa,por assim dizer,o outro,viera de longe,de muito longe. Como foram diferentes,para certos olhos,as actuações. Os da casa,pareciam agrupamentos de bonecos
de trapos,de gestos às três pancadas. Os de fora, mostraram contenção,disciplina,compostura,
rigor,como de uma só peça.
Pois foram os da casa os mais aplaudidos,com direito,até,a repetições. Os de longe,de muito longe,apenas mereceram umas palminhas fugidias,regateadas,de favor. Gostos não se discutem,como é uso dizer-se,mas,às vezes,apetece.
segunda-feira, 27 de abril de 2009
domingo, 26 de abril de 2009
MERCADO DE LA BOQUERIA - BARCELONA
http://www.flickr.com/photos/vicisanti/3307156807/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/vicisanti/3307177823/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/maulopes/1040955451/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/in-bremerhaven/176110287/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/bigchus/1449641448/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/imaginair/176578548/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/vicisanti/3307177823/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/maulopes/1040955451/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/in-bremerhaven/176110287/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/bigchus/1449641448/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/imaginair/176578548/sizes/o/
AZUL,VERDE E BRANCO,E NÃO SÓ - NORUEGA
http://www.flickr.com/photos/rob_a_dickinson/491557146/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/koertmichiels/2754273902/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/21617436@N00/347714311/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/johnivara/2143590802/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/lecu/2600371344/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/lecu/2636338175/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/koertmichiels/2754273902/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/21617436@N00/347714311/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/johnivara/2143590802/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/lecu/2600371344/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/lecu/2636338175/sizes/o/
A VERDE ERIN
http://www.flickr.com/photos/astrogator/940940376/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/8168775@N02/492849485/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/67833581@N00/52381800/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/kman999/273243458/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/kman999/272500857/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/bass_nroll/481489837/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/8168775@N02/492849485/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/67833581@N00/52381800/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/kman999/273243458/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/kman999/272500857/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/bass_nroll/481489837/sizes/o/
A OCIOSIDADE
A ociosidade,quando,na aparência,se aceita o"ganharás o teu pão com o suor do teu rosto",e o que isso implica,é sem sentido. Não tem ela,a ociosidade,assim,por onde se escapar. A não ser que more ela,a ociosidade,num doentinho. E então,sim,merece ela,a ociosidade,um milhão de desculpas,ou mais,as que forem precisas. Quanto ao doentinho,a história é outra.
A FRASE
"Portugueses em Roma para a canonização do Condestável que se ajoelhava antes da batalha".
Em PUBLICO.PT,26 Abril 2009-09h05
Em PUBLICO.PT,26 Abril 2009-09h05
sábado, 25 de abril de 2009
JAPAN PARKS
http://www.flickr.com/photos/pdmd/3096658629/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/yoichi_/666220840/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/autanex/399896383/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/pdmd/3097499774/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/kamoda/3431575446/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/pixieledpictures/2535472296/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/yoichi_/666220840/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/autanex/399896383/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/pdmd/3097499774/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/kamoda/3431575446/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/pixieledpictures/2535472296/sizes/o/
UM GNEISSE
Eram sete da tarde,de um dia tórrido de verão. Na frente,o portão fechado de quinta murada. Queria-se entrar. Vieram os cães,veio o porteiro,veio quem mais mandava.
A esta hora? Tinha de ser,pois era mister abrir covas,aqui e ali,em terra dura,que o sol apertara.
Era isso certo,que bem se sabia,e muito mais quem a enxada manejava. A quinta agradecia,para outros ficarem a conhecê-la melhor lá nos fundos,que era dos fundos que grande parte do alimento saía para,sobretudo, vinha e olival,as suas culturas nobres. Por lá se andou,sondando aqui e ali,por todo o resto da tarde,não sendo necessário a ela voltar por ser muito uniforme o que lá por baixo havia,um granito xistóide,mais propriamente,um gneisse.
A esta hora? Tinha de ser,pois era mister abrir covas,aqui e ali,em terra dura,que o sol apertara.
Era isso certo,que bem se sabia,e muito mais quem a enxada manejava. A quinta agradecia,para outros ficarem a conhecê-la melhor lá nos fundos,que era dos fundos que grande parte do alimento saía para,sobretudo, vinha e olival,as suas culturas nobres. Por lá se andou,sondando aqui e ali,por todo o resto da tarde,não sendo necessário a ela voltar por ser muito uniforme o que lá por baixo havia,um granito xistóide,mais propriamente,um gneisse.
APARIÇÃO
Finalmente,ele apareceu lá no topo da escada íngreme. Parecia uma aparição,tal a parecença com o retrato do Desejado,da autoria de conhecido pintor. Acabara de regressar de um passeio a cavalo pela sua herdade.
Sim,estava a lembrar-se do pedido de há uns dias. Se estiverem interessados,podem ficar com essa parcela,a que está aí,para lá desse cercado,as outras já estão reservadas para as próximas sementeiras.
Não servia,pois não tinha as necessárias dimensões. Ficaria para outra vez,que não teve vez. Mas fora uma grande pena,pois não mais houve oportunidade de,novamente,estar perto de alguém que era mesmo a figura do Desejado.
Sim,estava a lembrar-se do pedido de há uns dias. Se estiverem interessados,podem ficar com essa parcela,a que está aí,para lá desse cercado,as outras já estão reservadas para as próximas sementeiras.
Não servia,pois não tinha as necessárias dimensões. Ficaria para outra vez,que não teve vez. Mas fora uma grande pena,pois não mais houve oportunidade de,novamente,estar perto de alguém que era mesmo a figura do Desejado.
sexta-feira, 24 de abril de 2009
quinta-feira, 23 de abril de 2009
SANSSOUCI
http://www.flickr.com/photos/garibaldi/2987190345/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/wolfro54/3205927998/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/garibaldi/3122956960/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/hydaspischaos/3381837760/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/gunnarneitz/323714110/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/wolfro54/3202437642/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/wolfro54/3205927998/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/garibaldi/3122956960/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/hydaspischaos/3381837760/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/gunnarneitz/323714110/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/wolfro54/3202437642/sizes/l/
PREVISÕES DO FMI
Não são boas as previsões do FMI para Portugal,em 2009 e 20010,mas para a Zona Euro não são melhores.
quarta-feira, 22 de abril de 2009
terça-feira, 21 de abril de 2009
segunda-feira, 20 de abril de 2009
LAVANDA
http://www.flickr.com/photos/dhammza/3067347453/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/ezrarhesus/211773076/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/amodomio/2125050946/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/gladius_solaris/2763964205/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/nomenombres/1139185159/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/dhammza/2728316329/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/ezrarhesus/211773076/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/amodomio/2125050946/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/gladius_solaris/2763964205/sizes/l/
http://www.flickr.com/photos/nomenombres/1139185159/sizes/o/
http://www.flickr.com/photos/dhammza/2728316329/sizes/o/
UNS POBRETANAS
Coitado do velhote. Ele que andava,naquela altura,muito mais tranquilo,tão tranquilo,que até parecia adivinhar qualquer coisa muito estranha que com ele se estava passando. Estranho ou não,o certo é que ele nem parecia o mesmo de tempos passados,sempre ralado,sempre a lastimar-se,mas nunca revelando o que era. Aquilo era com ele,ninguém tinha nada com isso. Queriam saber,mas tirassem dali o sentido. E fazia um risozinho muito misterioso.
Qual coitado,qual carapuça. Afinal,a coisa estranha,de estranha nada tinha,nem mais,nem menos,uma fortuna inesperada,pois ele para ali não tinha metido nem prego, nem estopa. Vira-se com ela,assim como uma de magia. Mas mágica é que ela não era,mas sim dinheirinho verdadeiro.
Mas o que lhe havia de suceder,pois passou mesmo,de novo,a coitado. É que não havia cão,nem gato,que esquecesse uma coisa daquelas. Então não querem lá ver o diabo do velhote? Parecia que não tinha onde cair morto,afinal está ali rico, que até pode fazer pouco da gente,para aqui uns pobretanas.
Coitado do velhote. Assim com toda a gente a implicar com ele não tinha graça nenhuma. Paciência,pedia ele a si mesmo,paciência. O melhor é dar o dinheiro aos pobrezinhos .Não lhes resolvo os seus muitos problemas pois eles são muitos,mas, ao menos, livro-me das patadas que não se cansam de me dar,que até já nem tenho sítio do meu velho corpo sem uma nódoa negra.
Qual coitado,qual carapuça. Afinal,a coisa estranha,de estranha nada tinha,nem mais,nem menos,uma fortuna inesperada,pois ele para ali não tinha metido nem prego, nem estopa. Vira-se com ela,assim como uma de magia. Mas mágica é que ela não era,mas sim dinheirinho verdadeiro.
Mas o que lhe havia de suceder,pois passou mesmo,de novo,a coitado. É que não havia cão,nem gato,que esquecesse uma coisa daquelas. Então não querem lá ver o diabo do velhote? Parecia que não tinha onde cair morto,afinal está ali rico, que até pode fazer pouco da gente,para aqui uns pobretanas.
Coitado do velhote. Assim com toda a gente a implicar com ele não tinha graça nenhuma. Paciência,pedia ele a si mesmo,paciência. O melhor é dar o dinheiro aos pobrezinhos .Não lhes resolvo os seus muitos problemas pois eles são muitos,mas, ao menos, livro-me das patadas que não se cansam de me dar,que até já nem tenho sítio do meu velho corpo sem uma nódoa negra.
PEVIDES E TREMOÇOS SEM CASCA
Não era ainda uma aldeia quase totalmente vigiada,mas andaria por lá muito perto. Os aldeões andavam mais que apavorados,nem sabiam que estado era aquele que os havia tomado,só sabiam é que era um estado muito estranho,e que muito os incomodava.
O que mais os ralava eram as compras,mesmo as mais de trazer por casa,assim como no caso de pevides ou de tremoços. É que tanto umas,como outras,deixavam nas cascas as suas impressões digitais,o que os podia comprometer,sem apelo,nem agravo,pois, estava-se mesmo a ver,eram muitas as cascas,o que era assaz comprometedor.
Um sarilho,e dos grandes,nunca,até,se tinham visto envolvidos num tão grande. Coitados,não sabiam o que haviam de fazer à vida. Um,certa vez,um dos tais que dão em estar um bocadinho mais atentos às notícias,lembrou que seria possível um dia,que talvez estivesse próximo,que a ciência avança,imparável,comerem pevides,e tremoços,geneticamente modificados,pevides e tremoços sem casca.
Que esse dia viesse depressa,era o que eles pediam lá no seu íntimo,pois que o estado estranho em que andavam,e que não havia meio de os abandonar,estava a dar conta deles,e assim não,pois que assim,vigiados,nem o cotão dos bolsos escapava,não tinha graça nenhuma,mas é que mesmo nenhuma.
O que mais os ralava eram as compras,mesmo as mais de trazer por casa,assim como no caso de pevides ou de tremoços. É que tanto umas,como outras,deixavam nas cascas as suas impressões digitais,o que os podia comprometer,sem apelo,nem agravo,pois, estava-se mesmo a ver,eram muitas as cascas,o que era assaz comprometedor.
Um sarilho,e dos grandes,nunca,até,se tinham visto envolvidos num tão grande. Coitados,não sabiam o que haviam de fazer à vida. Um,certa vez,um dos tais que dão em estar um bocadinho mais atentos às notícias,lembrou que seria possível um dia,que talvez estivesse próximo,que a ciência avança,imparável,comerem pevides,e tremoços,geneticamente modificados,pevides e tremoços sem casca.
Que esse dia viesse depressa,era o que eles pediam lá no seu íntimo,pois que o estado estranho em que andavam,e que não havia meio de os abandonar,estava a dar conta deles,e assim não,pois que assim,vigiados,nem o cotão dos bolsos escapava,não tinha graça nenhuma,mas é que mesmo nenhuma.
domingo, 19 de abril de 2009
NADA A FAZER
A orquesta,ou lá o que lhe quisessem chamar,estava bem afinadinha,o que não era para admirar,pois ensaiava todos os dias,onde calhava,onde dava mais jeito. Só que a música era sempre a mesma,não havia meio de variar. Enfim,uma música muito sabida. Faltava ali não se sabia o quê. E assim permaneceu,para mal dela,e de quem se dispunha a ouvi-la. Uma coisa mesmo sem jeito nenhum. Mas enfim,não havia nada a fazer,pois cada um é para o que nasce.
sábado, 18 de abril de 2009
sexta-feira, 17 de abril de 2009
MELHOR TRILHO
Que história aquela,uma história do arco da velha,a de um filme de há muitos anos. Para começar,é ir lá para a ponte onde a personagem principal se encontrava. O rio corria lá em baixo,sem saber o que quase iria acontecendo.
E ela,a personagem,hesitando,salto,não salto. Foi o que lhe valeu,dando tempo a que lá dos céus viesse um anjo demovê-lo de tamanho disparate. Não faças isso. Olha que se tu deixasses de viver,irias fazer muita falta lá na terra. Para o mostrar,todos viram,e ele também,as desgraças que se teriam evitado caso ele lá estivesse.
Acontecia ser ele,de facto,um achado,bom rapaz,sério,desprendido,devotado,simpático,enfim,um fulano às direitas. E se tudo,ou parte disso,lhe faltasse? Se fosse o contrário,se não passase de um qualquer,quase sem ponta por onde lhe pegar,na aparência,claro? Poderia ir desta para melhor,que ninguém se importaria,nem mesmo uma das muitas estrelas lá do céu?
Parecia aquilo dizer que a estrela só se dera àquele trabalho de vir por ali abaixo por se tratar de quem era. Sempre se encaminharia um para melhor trilho. E os outros,e tantos outros? Que se perdessem,sem um avisozinho.
E ela,a personagem,hesitando,salto,não salto. Foi o que lhe valeu,dando tempo a que lá dos céus viesse um anjo demovê-lo de tamanho disparate. Não faças isso. Olha que se tu deixasses de viver,irias fazer muita falta lá na terra. Para o mostrar,todos viram,e ele também,as desgraças que se teriam evitado caso ele lá estivesse.
Acontecia ser ele,de facto,um achado,bom rapaz,sério,desprendido,devotado,simpático,enfim,um fulano às direitas. E se tudo,ou parte disso,lhe faltasse? Se fosse o contrário,se não passase de um qualquer,quase sem ponta por onde lhe pegar,na aparência,claro? Poderia ir desta para melhor,que ninguém se importaria,nem mesmo uma das muitas estrelas lá do céu?
Parecia aquilo dizer que a estrela só se dera àquele trabalho de vir por ali abaixo por se tratar de quem era. Sempre se encaminharia um para melhor trilho. E os outros,e tantos outros? Que se perdessem,sem um avisozinho.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
SUPRESSION OF COTTON BOLLWORM
Science 19 September 2008:Vol. 321. no. 5896, pp. 1676 - 1678DOI: 10.1126/science.1160550
Prev Table of Contents Next
Reports
Suppression of Cotton Bollworm in Multiple Crops in China in Areas with Bt Toxin–Containing CottonKong-Ming Wu,1 Yan-Hui Lu,1 Hong-Qiang Feng,1 Yu-Ying Jiang,2 Jian-Zhou Zhao1*
Transgenic cotton that has been engineered to produce insecticidal toxins from Bacillus thuringiensis (Bt) and so to resist the pest cotton bollworm (Helicoverpa armigera) has been widely planted in Asia. Analysis of the population dynamics of H. armigera from 1992 to 2007 in China indicated that a marked decrease in regional outbreaks of this pest in multiple crops was associated with the planting of Bt cotton. The study area included six provinces in northern China with an annual total of 3 million hectares of cotton and 22 million hectares of other crops (corn, peanuts, soybeans, and vegetables) grown by more than 10 million resource-poor farmers. Our data suggest that Bt cotton not only controls H. armigera on transgenic cotton designed to resist this pest but also may reduce its presence on other host crops and may decrease the need for insecticide sprays in general.
1 State Key Laboratory for Biology of Plant Diseases and Insect Pests, Institute of Plant Protection, Chinese Academy of Agricultural Sciences, Beijing, 100193, People's Republic of China.2 National Agro-Technical Extension and Service Center, Beijing, 100026, People's Republic of China.
* Present address: Pioneer Hi-Bred International, Inc., Johnston, IA 50131, USA
Prev Table of Contents Next
Reports
Suppression of Cotton Bollworm in Multiple Crops in China in Areas with Bt Toxin–Containing CottonKong-Ming Wu,1 Yan-Hui Lu,1 Hong-Qiang Feng,1 Yu-Ying Jiang,2 Jian-Zhou Zhao1*
Transgenic cotton that has been engineered to produce insecticidal toxins from Bacillus thuringiensis (Bt) and so to resist the pest cotton bollworm (Helicoverpa armigera) has been widely planted in Asia. Analysis of the population dynamics of H. armigera from 1992 to 2007 in China indicated that a marked decrease in regional outbreaks of this pest in multiple crops was associated with the planting of Bt cotton. The study area included six provinces in northern China with an annual total of 3 million hectares of cotton and 22 million hectares of other crops (corn, peanuts, soybeans, and vegetables) grown by more than 10 million resource-poor farmers. Our data suggest that Bt cotton not only controls H. armigera on transgenic cotton designed to resist this pest but also may reduce its presence on other host crops and may decrease the need for insecticide sprays in general.
1 State Key Laboratory for Biology of Plant Diseases and Insect Pests, Institute of Plant Protection, Chinese Academy of Agricultural Sciences, Beijing, 100193, People's Republic of China.2 National Agro-Technical Extension and Service Center, Beijing, 100026, People's Republic of China.
* Present address: Pioneer Hi-Bred International, Inc., Johnston, IA 50131, USA
CROPS FOR A SALINIZED WORLD
Science 5 December 2008:Vol. 322. no. 5907, pp. 1478 - 1480DOI: 10.1126/science.1168572
Prev Table of Contents Next
Perspectives
ECOLOGY:Crops for a Salinized WorldJelte Rozema1 and Timothy Flowers2
Cultivation of salt-tolerant crops can help address the threats of irreversible global salinization of fresh water and soils.
Prev Table of Contents Next
Perspectives
ECOLOGY:Crops for a Salinized WorldJelte Rozema1 and Timothy Flowers2
Cultivation of salt-tolerant crops can help address the threats of irreversible global salinization of fresh water and soils.
O QUE SE HAVIA DE FAZER?
O homem era bem parecido,de porte atlético,trajando a rigor. Com modos cortezes,contou uma história. Estava sem dinheiro que valesse. Abalara de casa,transtornado,com apenas uns tostões nos bolsos. Sabe, os feitios não se dão. A minha mulher está impossível,é de perder a cabeça. Olhe,não a podia ouvir mais.
Não adivinha onde dormi hoje. Pois foi num banco de jardim. A que extremos se pode chegar,veja lá. Estou agora mais calmo e ela deve ter passado um mau bocasdo,mas é para aprender. Quero regressar a casa,mas estou sem dinheiro que chegue para o comboio. É pouca coisa. Se quiser,diga-me onde mora,que eu depois mando-lhe.
O ar dele era convincente,a conversa fora natural. Era capaz de ser verdade. O fato não estava amarrotado,mas era capaz de ser de boa fazenda,que se comporia depressa. O que é que se havia de fazer? Ora,o que se havia de fazer? O que ele queria,naturalmente.
Não adivinha onde dormi hoje. Pois foi num banco de jardim. A que extremos se pode chegar,veja lá. Estou agora mais calmo e ela deve ter passado um mau bocasdo,mas é para aprender. Quero regressar a casa,mas estou sem dinheiro que chegue para o comboio. É pouca coisa. Se quiser,diga-me onde mora,que eu depois mando-lhe.
O ar dele era convincente,a conversa fora natural. Era capaz de ser verdade. O fato não estava amarrotado,mas era capaz de ser de boa fazenda,que se comporia depressa. O que é que se havia de fazer? Ora,o que se havia de fazer? O que ele queria,naturalmente.
terça-feira, 14 de abril de 2009
A NOSSA DESGRAÇA
A tristeza da velhota metia dó. Então,o que lhe aconteceu,minha senhora,para estar assim? Veja lá a desgraça que nos caiu em cima,a mim e a mais duas,que têm também aqui os seus quartinhos. Vivíamos aqui muito sossegadas,já lá vão uns bons anos,então não é que passámos a ter mães solteiras como vizinhas? Os rapazes não lhes largam as portas. Vejam lá a nossa desgraça.
POIS ENTÃO
A minha neta deslocar-se a casa da professora? Nem pensar. É ela,a professora,que lá vai a casa. Pois então. Para que conste.
UMA CALAMIDADE
Aquilo tinha sido uma calamidade,uma calamidade de bradar aos céus. Confrangia lembrá-la. Pois havia quem não se condoera,estando disposto a não se confranger com a sua repetição.
NEM NADA
A uma esquina, conversam duas senhoras. Não calcula,diz uma delas,a minha filha comprou agora um andar que só visto. Não lhe falta nada,aquilo é mesmo um palácio. Foi um bocado carote,mas ela merece. Não há filha como aquela,pode crer,muito trabalhadora,muito minha amiga.
A outra,coitada,ouvia,um tanto triste. Se calhar,nem filha tinha,nem filha,nem nada.
A outra,coitada,ouvia,um tanto triste. Se calhar,nem filha tinha,nem filha,nem nada.
MESMO MUITO BEM
O João e o José não sabiam um do outro há um ror de anos. Um dia,o João telefona ao José. Entre outras coisas,sem importância de maior,faz saber ao José que os filhos dele estão todos muito bem,mesmo muito bem. E pouco mais disse,que estava com muita pressa.
COISA SEM JEITO NENHUM
Tratar-se por tu,o Criador,o Pai,e os filhos por você,é uma coisa sem jeito nenhum.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
APARÊNCIA E REALIDADE
A aparência é uma realidade. Aparência não é realidade. A aparência é a realidade de uma realidade.
MAIS UMA MÁQUNA
O senhor,de meia idade,e de maneiras distintas,mostrando um grande à vontade,entrou e pediu um café. Só de máquina. Foi preciso explicar-lhe. Bastam trinta cêntimos. Não quis acreditar. Iria passar a bater àquela porta mais vezes. É que havia,ainda,o acompanhamento,algo variado,também uma pechincha. Ainda dizem que a vida está cara. O preciso era conhecer-se os cantos à casa e não se ser muito exigente.
Pois é. Mais uma máquina,a acrescentar a tantas outras. Um mundo de máquinas,máquinas sem coração. Mas isso pouco importaria se os homens não se lhes fossem assemelhando.
Pois é. Mais uma máquina,a acrescentar a tantas outras. Um mundo de máquinas,máquinas sem coração. Mas isso pouco importaria se os homens não se lhes fossem assemelhando.
UMA OLHADELA
Quem muito fala, pouco acerta. Quem pouco fala,quase nem uma olhadela merece,quanto mais um muito ou um pouco.
domingo, 12 de abril de 2009
NOVA IDA À ESCOLA
Era aquilo um desastre completo,até as vírgulas eram mal colocadas. Em vista de tal destempero,choviam críticas de todos os cantos,sobretudo dos mais escondidos. Um vendaval de críticas nunca visto,uma enxurrada de todo o tamanho.
É que não acertavam uma,já era inabilidade a mais,ou lá o que se quisesse chamar. Estava,portanto,aquilo a precisar de reforma,ou melhor,de nova ida à escola,mas não a uma escola qualquer. Depois,se diria qual,quando fosse caso disso,que naquela altura não podia ser,que ainda havia maís vírgulas mal colocadas a descobrir,e enquanto todas as vírgulas mal colocadas não fossem descobertas,essa escola não uma qualquer não abriria.
É que não acertavam uma,já era inabilidade a mais,ou lá o que se quisesse chamar. Estava,portanto,aquilo a precisar de reforma,ou melhor,de nova ida à escola,mas não a uma escola qualquer. Depois,se diria qual,quando fosse caso disso,que naquela altura não podia ser,que ainda havia maís vírgulas mal colocadas a descobrir,e enquanto todas as vírgulas mal colocadas não fossem descobertas,essa escola não uma qualquer não abriria.
sábado, 11 de abril de 2009
SABE-SE LÁ
Há personalidades que fazem lembrar um dos anões da história da Branca de Neve e os Sete Anões. Sempre zangadas,sempre rabugentas,sempre impertinentes.
Elas,no fundo,não são más pessoas,sendo,até,muito inteligentes,muito sabedoras. Sabe-se lá porque se mostram assim sempre zangadas,rabugentas,impertinentes,sabe-se lá. Alguma coisa lhes terão feito,a elas,ou a alguém da sua ascendência,para assim serem,ou,pelo menos,se
mostrarem,sabe-se lá. Acontece tanta coisa por aí,tanta coisa má,que ninguém está livre de,um dia,ou mais,dela ser padecente.
O certo é que lhes dá,a cada passo,para baterem, forte e feio,neste e naquele. O certo é que lhes dá,a cada passo, para contrariarem este e aquele,o certo é que lhes dá para nunca largarem aquela cara de zangadas, de rabugentas. Alguma coisa lhes fizeram,a elas,ou a alguém da sua ascendêcia,sabe-se lá,sabe-se lá.
Elas,no fundo,não são más pessoas,sendo,até,muito inteligentes,muito sabedoras. Sabe-se lá porque se mostram assim sempre zangadas,rabugentas,impertinentes,sabe-se lá. Alguma coisa lhes terão feito,a elas,ou a alguém da sua ascendência,para assim serem,ou,pelo menos,se
mostrarem,sabe-se lá. Acontece tanta coisa por aí,tanta coisa má,que ninguém está livre de,um dia,ou mais,dela ser padecente.
O certo é que lhes dá,a cada passo,para baterem, forte e feio,neste e naquele. O certo é que lhes dá,a cada passo, para contrariarem este e aquele,o certo é que lhes dá para nunca largarem aquela cara de zangadas, de rabugentas. Alguma coisa lhes fizeram,a elas,ou a alguém da sua ascendêcia,sabe-se lá,sabe-se lá.
sexta-feira, 10 de abril de 2009
COMO OS COMPENSARÁS?
Os tristes,Deus meu,como os compensarás? Não pediram eles para cá andar,mas eles aí andam,carregando,muito magoados, as suas tristezas sem remédio.
São muitos,Deus meu,são muitos. Mas um só que fosse. Não pedira ele para andar por aí ,mostrando a sua tristeza irremediável.
Como os compensarás,Deus meu,como os compensarás?
São muitos,Deus meu,são muitos. Mas um só que fosse. Não pedira ele para andar por aí ,mostrando a sua tristeza irremediável.
Como os compensarás,Deus meu,como os compensarás?
quinta-feira, 9 de abril de 2009
quarta-feira, 8 de abril de 2009
COME PEDRA E BEBE SOL
Da vinha do Douro. Será um dito popular,ou coisa de algum escritor nosso,Eça,Ramalho,...?
http://www.adegalijo.com/index.asp?flintro=off&lang=&art=8238&menu=6582
http://www.adegalijo.com/index.asp?flintro=off&lang=&art=8238&menu=6582
FERMENTO DE RIQUEZA
Havia que lhe fazer justiça. A riqueza dele não fora ele que a obtivera,mas sim o pai,um homem com um faro muito apurado para o negócio. Parecia adivinhar onde poderia arranjar cem por um.
Quão diferente o filho era,quão diferente era ele. Negócio para ele era como um bicho de sete cabeças,de que tinha de fugir a sete pés. Era o que se chama um fulano sem jeito nenhum para o negócio,um desastre.
Com a riqueza do pai,ele, que era filho único,poderia ter ficado de papo para o ar toda a sua vida.
Pois não ficou. Era daqueles que teriam de ganhar o seu pão com o suor do seu rosto,o que,no seu caso,não foi uma mera figura de retórica.
E bem o ganhou,um ganho sofrido,por ter escolhido ocupação o mais desajustada ao seu corpo,um corpo pesado,um corpo dorido. E foi com esse corpo que ele andou por aqui,por ali,lá longe,por sítios quase sempre de muito calor.
Teria ele da riqueza o entendimento de que é ela o alvo,o objecto de muita gente,talvez da maioria. E que essa gente a procura teimosamente,tenazmente,e nela se quer instalar,para dela só sair à força. Caberá hoje a uns,amanhã a outros. Não será apenas um caso de sorte,
certamente,mas disso muito se aproximará. O certo é que os tais muitos a cortejam.
Não foi de estranhar,pois,que,um dia,fosse visto a aconselhar paciência a quem já a teria perdido, por não verem meio de sairem da pobreza em que tinham vivido por gerações. É que quase certo seria que naquela pobreza morasse fermento de riqueza. Havia que lhe fazer justiça.
Quão diferente o filho era,quão diferente era ele. Negócio para ele era como um bicho de sete cabeças,de que tinha de fugir a sete pés. Era o que se chama um fulano sem jeito nenhum para o negócio,um desastre.
Com a riqueza do pai,ele, que era filho único,poderia ter ficado de papo para o ar toda a sua vida.
Pois não ficou. Era daqueles que teriam de ganhar o seu pão com o suor do seu rosto,o que,no seu caso,não foi uma mera figura de retórica.
E bem o ganhou,um ganho sofrido,por ter escolhido ocupação o mais desajustada ao seu corpo,um corpo pesado,um corpo dorido. E foi com esse corpo que ele andou por aqui,por ali,lá longe,por sítios quase sempre de muito calor.
Teria ele da riqueza o entendimento de que é ela o alvo,o objecto de muita gente,talvez da maioria. E que essa gente a procura teimosamente,tenazmente,e nela se quer instalar,para dela só sair à força. Caberá hoje a uns,amanhã a outros. Não será apenas um caso de sorte,
certamente,mas disso muito se aproximará. O certo é que os tais muitos a cortejam.
Não foi de estranhar,pois,que,um dia,fosse visto a aconselhar paciência a quem já a teria perdido, por não verem meio de sairem da pobreza em que tinham vivido por gerações. É que quase certo seria que naquela pobreza morasse fermento de riqueza. Havia que lhe fazer justiça.
terça-feira, 7 de abril de 2009
MONTE DE RUÍNAS
A tristeza que ia por ali,por aquelas duas varandas debruçadas sobre tão aprazível mancha verde,uma ilha num mar de tejolo,ferro e cimento. Mal tinham nascido,já se lhes adivinhava o destino. Não iriam ter gente para delas usufuirem,ainda que gente era o que não faltava em seu redor. Mas não era isso que elas tinham sonhado,mas seria de sonhos que elas viveriam.
O tempo tem passado e por lá tem passado quem pouco se interessaria com o que elas um dia ofereceriam,livros e chá. Da sua passagem têm ficado marcas,que ,a acentuarem-se,não passará aquilo de um monte de ruínas.
O que teria faltado ali,o que teria primado ali? Talvez um estudo de mercado,talvez vontade de mostrar obra feita,talvez querer juntar o útil ao agradável. Uma mancha,afinal,numa mancha envolvente que a não merecia.
O tempo tem passado e por lá tem passado quem pouco se interessaria com o que elas um dia ofereceriam,livros e chá. Da sua passagem têm ficado marcas,que ,a acentuarem-se,não passará aquilo de um monte de ruínas.
O que teria faltado ali,o que teria primado ali? Talvez um estudo de mercado,talvez vontade de mostrar obra feita,talvez querer juntar o útil ao agradável. Uma mancha,afinal,numa mancha envolvente que a não merecia.
segunda-feira, 6 de abril de 2009
OS PORTUGUESES E O DODÓ
Os portugueses estão, seguramente,entre os últimos ocidentais que conviveram com o Dodó,pois que foram os primeiros,no início de século XVI,a pôr pé na ilha onde ele viveu,a ilha Maurícia,na costa leste africana.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dodó
http://en.wikipedia.org/wiki/Dodo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dodó
http://en.wikipedia.org/wiki/Dodo
ERA OUTRA COISA
Um aconchego aquelas ruas,mesmo as mais humildes,cheirando a pão,cheirando a paz. Não admirava que a elas quisessem vir,de quando em quando,remediados e ricos,e mesmo pobres,que menos pobres ali se sentiriam.
Longe ficava o bulício,a azáfama,o anonimato,a indiferença. Ali,não,ali era outra coisa. Não se saberia bem o que era,mas era diferente,eram as lembranças de um tempo outro,de um tempo talvez não intensamente vivido,mas um tempo que deixara saudades,ainda que esfumadas,não bem expressas.
Longe ficava o bulício,a azáfama,o anonimato,a indiferença. Ali,não,ali era outra coisa. Não se saberia bem o que era,mas era diferente,eram as lembranças de um tempo outro,de um tempo talvez não intensamente vivido,mas um tempo que deixara saudades,ainda que esfumadas,não bem expressas.
domingo, 5 de abril de 2009
FATAL FIXAÇÃO
Não havia meio de largarem o osso. Pelos vistos era um osso que rendia,um rico osso. Parecia matar-lhes a fome de séculos,uma triste e inexplicável sina. Com tanta comida que havia por lá,muita dela a haver,que ossos não eram,logo só verem aquele osso. Como se explicaria tão teimosa fixação,teimosa e fatal fixação? Nunca se descobriu,pelo que tiveram um triste fim,e ainda para mais registado para todo o sempre,motivo de forte compaixão por todo o tempo futuro.
sábado, 4 de abril de 2009
TUDO DO MELHOR
Das mãos pendiam peças de vestuário feminino,de diversas cores,todas para o leve,que o tempo era de primavera. Havia mais montras,que aquela esquina era de grande movimento,talvez a melhor ali das redondezas.
Naquela altura,conversava-se,e era ela que se encontrava no uso da palavra. Pois fiquem sabendo que quando chegar aos trinta,de que não estaria longe,hei-de ter casa com tudo do melhor.
Quer dizer que o negócio prometia,que a procura ali era mesmo a valer,tocando a todos,mas talvez mais a ela,por ser ela a mais despachada. Uma filhita acompanhava-a,ainda não a colaborar,mas recebendo lições para a vida que a esperava,uma vida de negócio,sem intervalos.
Naquela altura,conversava-se,e era ela que se encontrava no uso da palavra. Pois fiquem sabendo que quando chegar aos trinta,de que não estaria longe,hei-de ter casa com tudo do melhor.
Quer dizer que o negócio prometia,que a procura ali era mesmo a valer,tocando a todos,mas talvez mais a ela,por ser ela a mais despachada. Uma filhita acompanhava-a,ainda não a colaborar,mas recebendo lições para a vida que a esperava,uma vida de negócio,sem intervalos.
sexta-feira, 3 de abril de 2009
ORIGINS : ON THE ORIGIN OF FLOWERING PLANTS
Elizabeth PennisiScience 3 April 2009: 28-31. Summary: Which plant was the mother of all angiosperms? In the fourth essay in Science's series in honor of the Year of Darwin, Elizabeth Pennisi discusses efforts to answer Darwin's question about how flowering plants diversified and spread so rapidly across the globe.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
quarta-feira, 1 de abril de 2009
NÃO LEMBRARIA AO DIABO
Há designações que não lembrariam ao diabo mais diabo,sendo uma delas a de legionários de Cristo. Legionários,e ainda para mais,ali ao lado,ou,pior,muito pior,antes de Cristo.
Legionários lembra logo legiões,umas moles imensas,duras,frias,que tudo levavam na frente,a ferro,e ainda não a fogo,porque não havia.
Tudo ao contrário de Cristo,do Cristo da Paz,do Cristo da Compaixão,do Cristo do Amor. Do Cristo do que estivesse isento atirasse a primeira pedra,do Cristo do quem com espada mata,com espada morre,do Cristo que oferece uma face quando lhe batem na outra,do Cristo compassivo,
das palhinhas,da vaquinha,do jumentinho.
Legionários de Cristo,pois,uma contradição,um abuso,uma aberração,uma coisa sem sentido,um comprometimento. Não lembraria ao diabo.
Legionários lembra logo legiões,umas moles imensas,duras,frias,que tudo levavam na frente,a ferro,e ainda não a fogo,porque não havia.
Tudo ao contrário de Cristo,do Cristo da Paz,do Cristo da Compaixão,do Cristo do Amor. Do Cristo do que estivesse isento atirasse a primeira pedra,do Cristo do quem com espada mata,com espada morre,do Cristo que oferece uma face quando lhe batem na outra,do Cristo compassivo,
das palhinhas,da vaquinha,do jumentinho.
Legionários de Cristo,pois,uma contradição,um abuso,uma aberração,uma coisa sem sentido,um comprometimento. Não lembraria ao diabo.
FORTE E FEIO
Havia pessoas,em tempos muito recuados,segundo constou,muito,muito estranhas,tão estranhas que nem se assemelhavam a qualquer homem ou mulher. E isso,veja-se lá,porque,dizia-se,não podiam dormir descansadas enquanto não malhassem forte e feio em certos alguéns,uns alguéns que andavam um poucochinho lá por cima do comum dos mortais,sem se saber como tal tinha acontecido. Mais ainda se dizia que o sono em que caíam era tanto mais pesado quanto mais reduzidos a pó eram,de modo a esse pó ser levado para muito longe à mais levezinha aragem,um sopro apenas. Mais ainda se acrescentava que esse malhar era mais forte e mais feio quando esses alguéns trabalhavam ,se esforçavam. Chegavam ao ponto de lhes bisbilhotar os mínimos teres,mesmo o cotão que lá lhes morava nos bolsos,ainda que rotos estivessem.
Que tempos aqueles,de fugir deles,que não dariam para se dormir descansado,pois nunca se sabia para o que se estaria guardado,se andar lá por cima ou lá por baixo,que,vendo bem as coisas,ia tudo dar ao mesmo,ao pó,mesmo que não se tivesse sido malhado forte e feio.
Que tempos aqueles,de fugir deles,que não dariam para se dormir descansado,pois nunca se sabia para o que se estaria guardado,se andar lá por cima ou lá por baixo,que,vendo bem as coisas,ia tudo dar ao mesmo,ao pó,mesmo que não se tivesse sido malhado forte e feio.
Subscrever:
Mensagens (Atom)