sexta-feira, 6 de agosto de 2010

A SETE ASAS

O que estava ali de boa comidinha. É o que meia dúzia de melros iriam dizendo para o vizinho do lado ,enquanto saltavam de um para outro ramo da grande amoreira. Já lá teriam ido ,mais do que uma vez,até,mas não se cansariam de o repetir. As cordas das apetitosas bolinhas,só vistas. Os mais velhos não se lembrariam de uma coisa assim.
Eles,que, ao menor ruído,fugiam a sete asas,agora,encontravam-se ali como em casa sua. Pareciam grudados. E,se calhar,alguns estariam,que aquele sumo semelhava açúcar em ponto. Os que andariam mais alheios seriam os filhotes,por aquilo ser para eles uma grande novidade. Os pais tê-los-iam informado do que iriam papar,mas o que estavam a ver e,sobretudo,a comer,excederia tudo o que tinham imaginado.
As folhas mal se viam,tal a carga das gostosas bolinhas. Nem todas estavam capazes,o que se notava logo pela cor,mas com o tempo lá ficariam prontas para o bico. Iriam ter fartura para muitos dias.

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