segunda-feira, 9 de agosto de 2010

QUATRO MESES DE OLHAR TEMEROSO E SÔFREGO

Mas o que se estava a ver era quase tudo água. Secaria depressa. Pois é,mas os crocodilos andariam por perto,e também as pacaças,as gibóias,e outros que tais,e,claro,os mosquitos,que se riam de todos.
Muita água foi secando,é certo,e ràpidamente,pelo que não houve tempo para descansar.
E foram quatro meses a devassar paredes de covas de um metro de fundo,quanto a espessura de camadas,textura,e mais outras coisas assim. E foram quatro meses a olhar em volta,um olhar temoroso,mas também sôfrego,para nada escapar,que a novidade era muita.
E não mais foi esquecido o Rio Longa,o manso Rio Longa,de águas verdes,o seu amplo verde vale,a serpentear por entre galerias de palmeiras e de densos tufos de bananeiras,os morros amarelos das cercanias,revestidos de embondeiros,dos senhores embondeiros.

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