Não se sabe o que é que o pobre do carneiro pensava das tropelias que lhe andavam a fazer. O que é certo é que durante meses,volta não volta,lá tinha de ir viajar ,mas regressava sempre,passado pouco tempo,a sua casa. Não eram longas as ausências,valia-lhe isso.
A coisa começou assim. Estava ele um dia,muito sossegado,aliás,como até ali,a deleitar-se com a tenra erva lá do prado,em companhia da família,quando lhe apareceu um sujeito que nunca tinha visto a olhar muito para ele. Já dera conta de ele andar ali às voltas,mas não lhe ligara muito. Mas desta vez,teve de o encarar,pois ele tocara-lhe.
O moço,pois aquele sujeito era muito mais novo do que os outros que ele via todos os dias,vestia uma bata branca. E sem mais nem menos,deu ordem para que o levassem para um carro. E ali vai ele, bem amarrado,para um local desconhecido. Lá chegado,conduziram-no a uma espécie de hospital,onde lhe fizeram não sabe ele o quê. Não teve dores,apenas uma ligeira impressão. Pareceu-lhe ter ficado com um buraco nas costelas.
Mas o que é que ele havia de fazer,se ninguém lhe acudiu,nem os tais que ele julgava serem seus protectores? Não sabe explicar o que sentia quando o levavam para aquele casarão. Porém,nunca lhe passou pela cabeça fugir. É que o diabo do moço,tal como outros que ele foi trazendo,um de cada vez,para o ajudar,tratavam-no com carinho,fazendo-lhe muitas festas e chamando-lhe lindo menino.
Teve de se conformar,que remédio. Mas tudo isso era para seu bem,só que se esqueceram de lhe dizer.
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