Eles podiam dizer que eram do Joaquim,ou do João,ou de um outro qualquer,
que eram dos verdes,ou dos azuis,ou de uma outra cor lá do arco,que eram disto,ou daquilo,podiam dizer o que quisessem,que eram livres de o dizer,e quem o negasse não estaria bom da cabeça,necessitando de ir bater à porta do médico mais próximo, o mais depressa que pudesse.
Eles podiam dizer o que quisessem. Que o que eles eram já era muito sabido,tão sabido que ninguém o esqueceria. O que eles eram,acima de tudo,e de todos,do João,do Joaquim,dos azuis,dos amarelos,disto,daquilo,o que eles eram,sem tirar,nem pôr,eram deles,só deles,e de mais ninguém,dos seus interesses,dos seus únicos interesses,que tudo o resto eram cantigas para entreter,e não se sabia mais para quê,que eles não diziam,que não eram parvos. E quem tivesse alguma dúvida,por pequenina que fosse,deveria seguir o conselho atrás deixado.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
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