segunda-feira, 14 de setembro de 2009

SEM ENFADO

Esperaria alguém. Alta,bem trajada,olhar distante,jovem ainda. Uma pobre aborda-a. Jovem também. Tinha fome,muita fome. Viera lá de longe,muito longe,fugindo à fome.
Encaram-se as duas. Conversam as duas,demoradamente,sem enfado visível da bem trajada. Dinheiro mudou de dono. Escusava o dinheiro de ter intervido,que a pobre dispensá-lo-ia,de tão consolada estava com a intimidade inesperada. Quase voou dali a pobre,talvez para fazer durar esse precioso momento .
Nem só de pão se vive. Pois sim. Mas sem pão não há vida.

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