Alguma coisa lhes fizeram. E não perdoam,pois não são desses. O que teria sido? Certamente uma ninharia,que aos seus olhos equivale a grande ofensa ou a desmesurada falta,registadas para sempre. Hão-de mas pagar. Que pago exigirão?
Nunca o dizem,apenas o dão a entender pelas caras que põem,pelas palavras que soltam. Julgam que os marcados não percebem,ou então,o que é muito pior,têm a certeza de que as mensagens foram captadas,porque nem uns,nem outros, são ingénuos. E assim se criam momentos de clara hipocrisia.
É o que sucede nos cruzamentos,fortuitos,ou de conveniência,uma cadeia de coisas desagradáveis,tais como saudações forçadas,encontros tristonhos e fugidios,desculpas frouxas,observações malévolas,brios exageradamente tocados,insinuações do arco da velha,comparações insólitas,interesses atrevidos,
ignorâncias calamitosas,admirações chocantes,basófias escusadas,desprezos incríveis,distâncias acentuadas,esquecimentos intencionais,ingratidões de bradar aos céus,egoísmos quase puros,descaramentos sem nome.
Apsar de tudo isso lá se vão suportando,tem de ser. Os anos somam-se e as perspectivas não melhoram,antes pelo contrário,para variar,parecendo,às vezes,adquirirem contornos ouriçados. Até quando um cenário assim? Ora,até quando? Está na cara,tão evidente é. Até se ir desta para melhor. O alívio que por lá irá. Assim,já poderão dormir descansados. Julgam eles.
terça-feira, 6 de outubro de 2009
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