Tal era a cobiça,a desenvoltura,o egoísmo,a mania das grandezas,o querer ter o caminho sem escolhos. Não se estava mesmo a ver que daquela maneira não dava,que era uma maneira já muito experimentada,com resultados bem à vista. Não se estava mesmo a ver que o deixar fazer,o deixar passar,conduzia sempre ao mesmo beco sem saída,ou melhor,com saída para a porta do fundo abismo. Não se estava mesmo a ver que era preciso ali uma regra,uma trave,um limite,que em última,ou primeira análise,como se queira, era preciso ter em atenção o outro,quer dizer,contar com ele,o vizinho do lado,que também era gente. Não se estava mesmo a ver que o deixar passar,o deixar fazer,era só para uma meia dúzia,que fossem mais desembaraçados,mais ágeis,simplesmente,
por terem nascido assim,os outros que ficassem à espera do que calhasse,que,
muitas das vezes,era aquilo que ninguém queria,que era andar a pedir esmola. Era preciso pensar no outro,nos outros,deixando-os também fazer,passar,sendo necessário,ampará-los.ajudá-los,acudir-lhes,como se tratasse de verdadeiros irmãos.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
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