sábado, 14 de março de 2009

JÁ VELHA

Não era para acreditar. Um sujeito tão avançado nos seus tempos de juventude,a partir de certa altura da sua vida,por obra de alguém que lhe fizera ver novas coisas. Pois esquecera tudo o que de novo aprendera,e de que muito se orgulhava,fazendo dele um arauto dessas coisas novas.
Esquecera novas,e ,pior do que isso,esquecera coisas não velhas,mas antigas,o que não é bem a mesma coisa,coisas que bem vividas,quase o teria dispensado de ter sido aluno de uma escola nova,que,de novo,pouca coisa tinha.
Até chegou ao ponto de desconsiderar,de desprezar figura nobre lá das suas bandas de origem. Era isso sinal evidente de que esquecera tudo,esquecera-se mesmo de si,para ser um outro. O que são as coisas quando os bolsos se começam a romper com o peso das moedas. Por meia dúzia delas se despem para envergar nova farpela,já velha.

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