A alegria que foi por lá,pela casa do bode espiatório de ocasião,que umas vezes calha a um,e assim por diante,pois há que variar. É que se tinha feito luz,onde só havia trevas medonhas. E ele que nunca tinha pensado nisso,uma coisa tão simples. Também não tinha aparecido uma alma caridosa,ou mais,que lhe apontasse o caminho. Ele haver,havia,só que tinham mais que fazer. O pobre que continuasse lá a consumir-se.
E,afinal,era tão simples,estava mesmo ali à beirinha. É o que fazem as ralações de um bode espiatório,e não só,porque ele tem lá a sua vida,que não é assim uma qualquer,porque,não se sabe porquê,os bodes espiatórios,é de regra,têm sempre uma vida muito complicada,lá por coisas,quase sempre as nesmas.
Mas,afinal,vamos lá a saber que luz é essa que encheu de alegria o bode espiatório de ocasião. Uma coisa tão simples,que um mais simples acenderia se lhe pedissem.
E é assim. Os bodes espiatórios têm uma meritória função social,além de outras menos meritórias. É que eles servem,fundamentalmente,para aliviar,não para acabar de vez,com as malditas frustações,que deram em contaminar meio mundo,e de modo quase insanável,perpetuando-se. Descarregam-se neles,nos pobres bodes espiatórios,as montanhas de frustações que se erguem por aí.
domingo, 1 de março de 2009
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